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BLOG GRILO FALANTE

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Conceito de Literatura Infantil





O conceito de Literatura Infantil é bastante discutido entre os estudiosos do assunto. Há aqueles que defendem que é o objeto escolhido pelo seu próprio leitor, outros que é o objeto de formação de um agente transformador da sociedade e há até aqueles que questionam o fato de existir uma literatura infantil ou dela ser uma questão de estilo.

Temos abaixo algumas dessas idéias e também declarações de autores de literatura infantil para percebemos como essa é uma área conflitosa. Ver o objeto a partir de vários pontos de vistas pode nos ajudar a entender melhor e formularmos nosso próprio conceito.



"Literatura Infantil é todo o acervo literário eleito pela criança"

(Bárbara Vasconcelos Bahia)



"Literatura Infantil são os livros que têm a capacidade de provocar a emoção, o prazer, o entretenimento, a fantasia, a identificação e o interesse da criançada."

(Leo Cunha)



"A literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação: a de servir como agente de formação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola" (Nelly Novaes Coelho)



"O gênero literatura infantil tem, a meu ver, a existência duvidosa. Haverá música infantil? Pintura infantil? A partir de que ponto uma obra literária deixa de se constituir alimento para o espírito da criança ou jovem e se dirige ao espírito adulto? "

(Carlos Drummond de Andrade)



"Se a falta é estrutural, e se não se vive sem a base fantasmática (o infantil que se atualiza), não seria possível afirmar que, em toda literatura, há esse infantil, ainda que menos ou mais encoberto? O infantil na literatura, que não se confunde, certamente, com a Literatura Infantil, tampouco com relatos de infância. Na particularidade de cada novo ato, a criança é quem escreve no adulto. E ela o faz com estilo - assinatura pontual, estilo portador de sujeito"

(Ana Maria Clark Peres)





"Escrevo porque gosto. Com meus textos, quero botar para fora algo que não consigo deixar dentro. E escrevo para criança porque tenho uma certa afinidade de linguagem. Mas não tenho intenção didática, não quero transmitir nenhuma mensagem, não sou telegrafista. Acredito que a função da obra literária é criar um momento de beleza através da palavra. ... Em momento algum eu acho que a linguagem deva ser simplificada. Em meus livros não há condescendência, tatibitate nem barateamento da linguagem. A colocação dos pronomes é consciente, a regência e a concordância são rigorosas. As rupturas são intencionais, têm uma função estilística. Acho essencial dominar uma gramática para domá-la a partir de uma linguagem nova."

(Ana Maria Machado)



"Escrevo para dizer o que penso. Quero reclamar de governos autoritários. Quero mostrar a existência de desigualdade entre o homem e a mulher. Não fujo muito de temas que, supostamente, não pertencem ao universo infantil.

Acho que todo mundo é capaz de aprender."

(Ruth Rocha)

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